Amazonas é o estado que mais desmatou a Amazônia em junho deste ano, aponta Imazon
Relatório do MapBiomas aponta aumento de 22,3% de desmatamento no país O Amazonas é o estado que mais desmatou a Amazônia em junho deste ano, revelou um est...

Relatório do MapBiomas aponta aumento de 22,3% de desmatamento no país O Amazonas é o estado que mais desmatou a Amazônia em junho deste ano, revelou um estudo feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado neste mês. O levantamento, com dados obtidos pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), aponta que o estado lidera o ranking com 28% de área desmatada. 🔍O SAD realiza o monitoramento da região por satélites desde 2008, considerando o chamado “calendário do desmatamento”, que vai de agosto a julho do ano seguinte. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O monitoramento indicou que o Amazonas teve 48 quilômetros quadrados da Amazônia desmatados. O município que mais teve registro de desmatamento foi Apuí, no sul do estado com 32 quilômetros quadrados de floresta desmatada. Outras três cidades do Amazonas compõe o ranking que indica que os 10 municípios com as maiores áreas desflorestadas. 🌳Apuí: 24 km² (1º lugar) 🌳Lábrea: 14 km² (3º lugar) 🌳Manicoré: 10 km² (7º lugar) "Os números elevados indicam que a vegetação nativa segue sendo destruída em ritmo preocupante e reforçam a necessidade de intensificar essas medidas (de preservação)” afirmou Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon O g1 questionou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amazonas (Sema-AM) para saber qual o posicionamento do órgão sobre os dados do estudo e quais ações estão sendo tomadas para conter o desmatamento no estado, mas até a atualização mais recente desta reportagem não houve resposta. Segundo o levantamento, mesmo colocando o estado na primeira colocação entre os estados que mais desmataram em junho, o número representa uma queda de 18% em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar da redução registrada no período, a devastação acumulada no chamado “calendário do desmatamento”, que vai de agosto de 2024 a julho de 2025, apresentou alta de 11% em comparação ao ciclo anterior. O desmatamento detectado em junho de 2025 também ocorreu em outros estado do Norte e do Centro-Oeste: 🌳Mato Grosso (26%), 🌳Pará (25%), 🌳Acre (6%), 🌳Maranhão (6%). 🌳Rondônia (5%) 🌳Tocantins (2%), 🌳Roraima (2%), Em junho de 2025, o SAD detectou 326 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 18% em relação a junho de 2024, quando o desmatamento somou 398 quilômetros quadrados. O Imazon aponta que a maioria (75%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (19%), Unidades de Conservação (4%) e Terras Indígenas (2%) Imagem aérea de sobrevoo de monitoramento de desmatamento na Amazônia no município de Lábrea, Amazonas, realizado em 26 de março de 2022 Greenpeace/Divulgação LEIA TAMBÉM Amazonas teve ano de colapso ambiental, com seca extrema e mais de 25 mil focos de queimadas Queimadas na Amazônia resultaram em 31 milhões de toneladas de gás carbônico Aumento da degradação florestal Conforme o monitoramento, a degradação florestal também aumentou. Em junho deste ano foram detectados 207 quilômetros quadrados de degradação florestal, o que representa um aumento de 86% em relação a junho de 2024, quando a degradação detectada foi de 111 quilômetros quadrados. Degradação florestal é a redução da qualidade da floresta, caracterizada pela perda de sua estrutura, funções e biodiversidade, sem que a floresta seja completamente removida. Ao contrário do desmatamento, onde a floresta é totalmente eliminada, na degradação a vegetação permanece, mas em um estado de deterioração Calendário de desmatamento de 2024 e 2025. Divulgação Queimadas e desmatamento na Amazônia